17 de abril: Dia Nacional de Botânica
O Dia Nacional da Botânica, celebrado em 17 de abril, tem como objetivo conscientizar sobre a importância das plantas e da botânica para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental. A data homenageia o naturalista Augusto Ruschi, um dos mais importantes botânicos brasileiros, que dedicou sua vida ao estudo das plantas e à preservação do meio ambiente.
Agricultura, medicina, farmacologia e conservação ambiental dependem da botânica para seu desenvolvimento. Além das funções de produção de oxigênio, regulação do clima e manutenção da qualidade do solo, as plantas são fontes essenciais de alimento, remédios e matérias-primas para a indústria. Biopolímeros naturais produzidos a partir de algas, frutas, resíduos agroindustriais e microrganismos oferecem alternativas biodegradáveis aos polímeros sintéticos, visando a redução de impactos ambientais, com foco em sustentabilidade e inovação.
Filmes poliméricos naturais, manufaturados a partir de pectina, alginato e celulose, vêm sendo empregados em embalagens biodegradáveis e revestimentos alimentares, para otimizar a vida útil dos alimentos. Biopolímeros utilizados para liberação controlada de fármacos e biomateriais regenerativos têm sido cada vez mais empregados em aplicações médicas, e na agricultura, compostos como quitina e polihidroxibutirato são utilizados como biofertilizantes e pesticidas naturais. Avanços na pesquisa e aprimoramento das políticas ambientais impulsionam a adoção desses materiais.
O Brasil abriga uma das maiores diversidades de plantas do mundo, com cerca de 55 mil espécies de angiospermas, além de uma rica variedade de musgos, líquens e fungos. O Dia Nacional da Botânica é uma oportunidade para celebrar essa diversidade e reforçar a necessidade de sua preservação.
Neste ano, o 75º Congresso Nacional de Botânica (CNBot) será sediado na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPa), no Piauí, ocasião na qual pesquisadores, professores, estudantes e entusiastas da botânica de todo Brasil discutirão desafios e avanços na botânica, tendo como fio condutor o tema “Botânica: Conectando Ensino, Pesquisa e Tecnologias de Uso Sustentável”, Debates sobre conservação ambiental, práticas sustentáveis e valorização dos conhecimentos tradicionais marcarão o encontro, em palestras com especialistas da área, simpósios temáticos, mesas-redondas, minicursos e concursos de poesia, ilustração e fotografia sobre botânica.
O caju (Anacardium occidentale L.), planta de grande valor ecológico, econômico e cultural, particularmente para a região Nordeste, foi escolhido como planta tema do evento. Além da castanha de caju, (altamente nutritiva e exportada para diversos países), sucos, doces, licores e até produtos medicinais são produzidos a partir do fruto. No contexto do Congresso Nacional de Botânica de 2025, essa escolha reforça a conexão entre ciência, sustentabilidade e valorização dos recursos naturais brasileiros. A bioeconomia se fortalece com o emprego de recursos naturais, sustentáveis e inovadores para diversas aplicações, incluindo a produção de biopolímeros.
Um estudo de hidrogéis desenvolvidos à base de goma de caju, conduzido por Barros e colaboradores (2025), mostra como a botânica e a inovação caminham juntas para um futuro mais sustentável. O hidrogel resultante se mostrou eficaz para o crescimento de uma variedade de cactos – além de ajudar na retenção de água e no aprimoramento da composição química do solo, representa uma alternativa ecológica aos polímeros sintéticos, auxiliando na redução de impactos ambientais e dependência de derivados do petróleo.
Ao unir ciência e inovação, a botânica se revela essencial para um futuro mais verde e sustentável.
Que tal saber mais sobre o Congresso Nacional de Botânica e sobre o estudo acerca do hidrogel de caju? Confira os detalhes sobre o evento no site oficial (https://75cnbot.softaliza.com.br/) e o estudo, na íntegra, em https://doi.org/10.3390/su17020501. Compartilhe suas opiniões e estudos nos comentários!
